Após ser hackeada, Uber paga invasores para manter roubo secreto
Informações de 57 milhões de clientes e motoristas foram roubadas em 2016
Nesta terça-feira (21), a Uber veio a público pedir desculpas após informações de que pagou US$ 100 mil dólares como forma de conter o vazamento de informações de seus usuários. Em outubro de 2016, a empresa foi haqueada e teve roubados dados pessoais de 57 milhões de clientes e motoristas.
Segundo a Bloomberg, a empresa pagou o montante aos invasores para que os dados não fossem divulgados e que fosse mantido sigilo sobre o caso. Após o episódio se tornar público esta semana, a empresa demitiu seu chefe de segurança e outro profissional por estarem envolvidos diretamente no esquema para manter o roubo secreto.
Entre os dados roubados estão nomes, endereços de e-mail e números de telefone de 50 milhões de passageiros Uber em todo o mundo, além de informações de cerca de 7 milhões de motoristas, incluindo aproximadamente 600 mil números de licença de motoristas dos Estados Unidos. Números da segurança social, informações do cartão de créditoe detalhes da localização da viagem não teriam sido acessados, segundo a empresa.
Na época do incidente, a Uber estava negociando com os reguladores dos Estados Unidos a investigação de alegações separadas de violações da privacidade. A empresa disse que teve a obrigação legal de denunciar o roubo, que acredita que a informação nunca foi usada, mas não divulgou as identidades dos hackers que, após acessarem e roubarem os dados da companhia, pediram dinheiro à empresa.
Dara Khosrowshahi, que assumiu o cargo de diretor executivo em setembro, comentou em comunicado oficial que "nada disso deveria ter acontecido" e que a empresa está "mudando a maneira" como faz negócios. "Embora eu não possa apagar o passado, posso comprometer em nome de todos os funcionários da Uber que aprenderemos com os nossos erros", afirmou na nota.